Pedro Cavaco

Neil Gaiman escreveu a história, Matthew Vaughn deu lhe vida. Comprei o livro, talvez há um ano, quando não queria ler algo grande e maçudo, a capa era gira, o autor era-me desconhecido e não sabendo sabia, que a forma aleatória de escolha de um livro de fantasia, pode reservar-nos boas (ou más) surpresas, foi o caso. A escrita é diferente, o mundo envolvente é diferente, entramos pois numa abordagem do fantástico completamente atípica onde de uma forma por vezes mordaz, cómica e intrinsecamente sem tabus, se encontra um significado e sentimento profundo das coisas. Entrei na sala de cinema com expectativa, a realização está fiel, o pessoal de Tolkien poderá encontrar semelhanças aqui e ali, incluindo em passagens da banda sonora, mas o resultado final é muito bom, estamos diante de um dos dois melhores filmes de fantasia deste ano e só por isso não posso deixar de recomendar que o vejam. Não esperem de Stardust a epopeia de O Senhor dos Aneis percebam sim, que esta é uma história pequena, com uma mensagem bem grande.